Biblioteca do IBGE.
Baependi Minas Gerais - MG
Histórico
É controvertida a origem do topônimo Baependi. Segundo uns, seria derivado de mbae
(coisa), pe (interrogativo) e nde (tua) e significaria: que gente e essa (tua) ou pertence-te isto? -
pergunta que teria sido feita a um indígene pelos primeiros civilizados que andaram pela região.
Para outros - Teodoro Sampaio, inclusive -, e uma corruptela de mbae-pindi o limpo em alusão a
uma clareira na mate marginal do rio Grande, facilitando o caminho dos descobridores. Há outras
interpretações, todavia.
As primeiras referências sobre o território que atualmente compreende o Município datam dos
primeiros anos do século XVII. Segundo certos autores, a bandeira de André Leão, partindo de São
Paulo, em 1601, seguiu o curso do Paraíba, desde o lugar onde atualmente e São José dos Campos,
até Cachoeira, e galgando a serra da Mantiqueira, rumou para Pouso Alto e Baependi.
A partir desta data, seu nome começa a aparecer nos relatos dos sertanistas. Em 1646, Jaques
Félix - ou Félix Jaques, segundo Diogo de Vasconcelos - recebeu a incumbência de procurar minas
andou pelos sertões de Guaratinguetá e chegou até o planalto do rio Verde. Dizem que Baependi já
possuía, em 1681, alguma criação.
Em ano anterior a 1694, andou também pela região Bartolomeu da Cunha, a procura das
riquezas ali existentes.
Quanto ao povoamento, antiga tradição diz que em 1692 Antônio da Veiga, seu filho João da
Veiga e Manuel Garcia partiram de Taubaté rumo ao sertão, para captura de silvícolas. Empolgados
por informações referentes à existência de ouro além da serra da Mantiqueira, incursionaram pelo
rio Verde e deram a um tributário deste 0 nome de Baependi.
Admite-se que o desbravador se tenha estabelecido no local mais tarde conhecido como o
Engenho. Depois, atraídos pela noticia da descoberta de ouro naquelas paragens, outros
colonizadores fundaram uma pequena povoação, a que denominaram Baependi, e edificaram uma
capela, sob a invocação de Nossa Senhora de Montserrat.
Sabe-se que entre os primeiros povoadores estão Tomé Rodrigues Nogueira do Ó e sua esposa
Maria Leme do Prado. Não se sabe ao certo por que nem quando vieram, embora estes fatos não
devam ter ultrapassado a primeira metade do século XVIII.
Em 1814, foi o arraial elevado à categoria de vila, completando a 19 de julho de 1964 o seu
150.° aniversário. Quinze anos depois, josé Marques da Rocha apresentou projeto de criação da
nova província, formada por Baependi, Lorena, Guaratingueta, Bananal, Areias, Cunha, São João
do Príncipe, Ilha Grande, Parati, Valença Resende e Campanha. O fato não se consumou, embora
outras tentativas ocorressem anos mais tarde, sem lograrem, contudo melhor sorte.
A revolução de 1842 teve repercussão no Município, onde os rebeldes, ainda que
conseguissem êxitos parciais, foram batidos pelas tropas legalistas.
Gentílico: baependiano
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Santa Maria de Baependi, por alvará de 07-08-1752, e
por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado a vila de Campanha da Princesa (mais tarde
Campanha).
Elevado à categoria de vila com a denominação de Santa Maria de Baependi, pelo alvará de
19-07-1814, desmembrado de Campanha da Princesa. Sede no antigo distrito de Santa Maria de
Baependi. Constituído do distrito sede. Instalado em 23-10-1814.
Pela lei provincial nº 239, de 30-11-1842, a vila de Santa Maria de Baependi adquiriu do
município de Lavras o distrito de São Tomé das Letras.
Elevado à condição de cidade com a denominação Baependi, pela lei provincial nº 759, de
02-05-1856. Pela lei provincial nº 1997, de 14-11-1873, e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o
distrito de Encruzilhada e anexado ao município de Baependí.
Pela lei provincial nº 2175, 16-11-1875, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito
de Caxambu (ex-povoado de Águas de Caxambu) e anexado ao município de Baependi.
Pela lei municipal nº 2, de 17-04-1893, é criado o distrito de Soledade e anexado ao
município de Baependi. .
Pela lei estadual nº 319, de 16-09-1901, desmembra do município de Baependi, os distrito de
Caxambu e Soledade, para constituir o novo município de Caxambu.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos:
Baependi e Encruzilhada.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município aparece
constituído de 3 distritos: Baependi, São Sebastião da Encruzilhada (ex-Encruzilhada) e São Tomé
das Letras.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, o distrito de São Sebastião da Encruzilhada
passou a chamar-se simplesmente Encruzilhada.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município constituído de 3
distritos: Baependi, Encruzilhada (ex-São Sebastião da Encruzilhada) e São Tomé das Letras.
Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Encruzilhada passou a
denominar-se Cruzilha.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município constituído de 3
distritos: Baependi, Cruzilha (ex-Encruzilhada) e São Tomé das Letras.
Pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, desmembra do município de Baependi o distrito de
Cruzilha. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 01-07-1950, o município é constituído de 2 distritos:
Baependi e São Tomé das Letras.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 01-07-1960.
Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra o município de Baependi o distrito de
São Tomé das Letras, elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal Santa Maria de Baependi para simplesmente Baependi, alterado pela lei provincial de nº 759, de 02-05-1856.
Arquivo: Biblioteca do IBGE
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